O Medo e o Enfrentamento – Fevereiro 2016
Quantos medos desenvolvemos ao longo da nossa vida? Quantos deles são herdados? Quantos adquiridos? Quantos ignorados e outros demasiadamente valorizados? Mas medos são medos e por se tratar de uma patologia, trato deste assunto com muito respeito.
Medos que rasgam a alma e nos impedem de sermos livres.
Escrevo hoje sobre um medo que não me trouxe tanto prejuízo, mas poderia ter privado-me de muitas alegrias, se eu não tivesse tido a coragem do enfrentamento, através da disciplina, determinação e do estímulo de algumas pessoas.
Escrever nunca foi o meu forte. Minha comunicação sempre foi muito verbal. Mas, a medida que a necessidade da comunicação escrita aumentava, na mesma proporção aumentava minha ansiedade.
Chegava a fazer até 10 revisões de cada e-mail, carta ou protocolo na empresa. Fechava os olhos e imaginava as pessoas rindo dos erros de concordância ou pontuação. O medo da reprovação me apavorava.
Meu primeiro TCC quase me levou para o hospital, tal o nível de preocupação e dificuldade de ajustes entre uma citação e outra. Eu padecia, pois nunca estava satisfeita. Meu marido, lia e relia. Segundo ele, poucos ajustes eram necessários, mas o medo da reprovação era maior.
Já no meu segundo TCC, a situação foi melhorando. O número de intervenções do meu marido foi bem menor e no meu terceiro TCC ele praticamente não me ajudou. “Está na hora de você caminhar sozinha. Esta na hora de acreditar em você”.
Não só comecei a acreditar como comecei a gostar de escrever. Assim, as primeiras 50 páginas que originaram a minha primeira palestra “Afetividade e Resgate de valores”, começaram a ser escritas sem o medo da reprovação.
Começava ali uma transformação. E já nem chamava ninguém para ler e aprovar. Eu escrevia e apagava. Escrevia e apagava, muito mais fácil com a tecla delete. Do computador algumas frases pularam para o powerpoint, processo que se repetiria com as demais palestras que foram surgindo.
Outro passo, foi começar a escrever no facebook e receber o apoio de um outro grupo. Curtidas daqui, comentários dali, até ser convidada para escrever no site do Cliquerh.
Cada vez que começo escrever para para aquele ou este espaço, penso em você lendo e colocando-se no meu lugar. Sentindo a mesma emoção. Emoção de enfrentar, de lutar e vencer um de meus medos.
Acredite em você, enfrente seus medos!
Ficou show de bola essa crônica.
Oi, somente hoje eu vi este recado, mas ainda vale o meu agradecimento.